Mais conhecido por suas esculturas em pedra e bronze, Isamu Noguchi (1904-1988), foi um escultor e designer americano que viveu um intenso conflicto de identidade cultural.

Nascido em Los Angeles, filho da escritora americana Leoni Gilmour e do poeta japonês Yone Noguchi, Isamu passou a infância no Japão e a adolescência em Indiana, interior dos EUA.

Enquanto estudava medicina na Universidade de Columbia, assistiu aulas de escultura à noite, e seu mentor era o escultor Onorio Rudolfo. Em 1924, Noguchi abandona a universidade para se dedicar a tempo integral à escultura, a sua maior paixão.

Entre 1927 e 1928 trabalhou em Paris como assistente no estúdio do escultor Constantin Brancusi, considerado o precursor da escultura abstracta.

Durante os anos 30 e 40 dedicou-se à criação de peças de mobiliário. As suas obras caracterizam-se por formas orgânicas, onde combina a sutileza oriental com a sofisticação da arte ocidental.

A clássica mesa para café foi criada em 1940 e continua a ser produzida até hoje, ela consiste de apenas três elementos: o tampo de vidro e duas peças interligadas em madeira, a base. Essa mesa realça sua formação de escultor; trabalho ao qual passou a dedicar-se totalmente no final da década de 50.

Em 1982 recebeu a medalha Edward Mac Dowell, pela sua contribuição às Artes, em 1987 foi condecorado com a National Medal of Arts (medalha Nacional de Artes) e em 1988, ganhou a Order of the Sacred Treasure (Ordem do Tesouro Sagrado) do governo japonês.

Em 1985, Noguchi abriu o Noguchi Garden Museum, conhecido agora como Museu Noguchi. Em 1986, o artista representou os Estados Unidos na Bienal de Veneza.

Este artista das pedras e das formas essenciais morreu em Nova York em 1988 e deixou uma legião de admiradores que não se cansam de falar de seu trabalho e visitar o seu museu.